15 de maio de 2011

2 Anos da REAGE - Reabilitação Neurológica e Geriátrica!

         
          Sexta feira, dia 13 de maio, pra mim foi dia de festa! Fizeram dois anos que um sonho virou realidade e inaugurei REAGE - Reabilitação Neurológica e Geriátrica.

          Todos os dias, atendemos pacientes com sequelas neurológicas e/ou geriátricas que acabam virando parte de nossas vidas. Todos os profissionais envolvidos na reabilitação de um paciente desse tipo acabam fazendo parte da vida desse indivíduo, mas o contrário também é verdadeiro. Todos acabam nos ensinando algo e fazendo parte da nossa história, não só como profissionais da saúde, mas como seres humanos que buscam sempre melhorar.

          Paciente com alterações neurológicas e/ou geriátricas são pacientes complexos, que precisam de atendimento e atenção diferenciada. É juntamente pensando nisso que levanto a bandeira do tratamento integrado e individualizado, objetivando retorno mais rápido à rotina e atividades de vida diárias normais desse pacientes com qualidade de vida e autonomia preservadas.

          Bem, como toda "mãe" que se preze, eu vou mostrar aqui um pouquinho da minha cria pra vocês.

 

Fachada da REAGE - Reabilitação Neurológica e Geriátrica.



Recepção 1


Recepção 2

Sala de Avaliação


Sala de Fisioterapia

 



Ginásio de Fisioterapia


Sala de Psicologia


Banheiros Adaptados



Sala para Atendimento Infantil



Sala de Terapia Ocupacional


Sala de Fonoaudiologia



REAGE - Reabilitação Neurológica e Geriátrica.
Trav. Três de Maio, 1125 - São Brás - Belém - Pará.
Fone: (91) 3224-1928

3 de maio de 2011

Porque o HIV/AIDS anda crescendo tanto na Terceira Idade?

     Uma das resposta para essa pergunta provavelmente é: FALTA DE INFORMAÇÃO!

     A falta de esclarecimento dos idosos sobre esse assunto aliado ao aumento do uso de Viagra na terceira idade, a facilidade ao acesso, de idosos com mais recursos, a prazeres e serviços disponíveis, levando a uma vida sexual mais ativa e o tabu que cerca a sexualidade na terceira idade começou a se configurar como um problema de saúde pública.


 
     Um estudo de Lazzarotto (2008), mostra bem essa falta de informação entre os idosos. Ele verificou entre 510 individuos acima de 60 anos o seu conhecimento com relação à "Conceito", "Transmissão", "Prevenção", "Vulnerabilidade" e "Tratamento". Com relação aos itens "Conceito" e "Transmissão", quase 50% dos idosos desconheciam a fase assintomática da infecção pelo HIV e 41,4% acreditavam que a AIDS poderia ser transmitida pelo mosquito.
 
     Sobre o domínio "Prevenção" e "Vulnerabilidade" 25,5% não sabiam da existência da camisinha feminina e quase 37% consideravam a AIDS uma síndrome somente de homens que faziam sexo com homens, "profissionais do sexo" e usuário de drogas. Quanto ao "Tratamento", quase 13% ignoravam sua existência.

     Com base nos resultados acima, percebe-se quão desinformados estão nossos idosos com relação a esse assunto e o alto risco que correm; risco esse que é muito maior quando o infectado já possui uma idade avançada, pois o seu sistema imunológico já está alterado por conta do envelhecimento normal no organismo.

     É necessário que se façam campanhas de prevenção voltadas específicamente para este público, já que essas pessoas não se identificam com as campanhas gerais e acabam se tornando mais vulneráveis à infecção. A velhice sem sexualidade é um mito! 



     Os profissionais da área da saúde ainda são bastante reticentes quanto a indagar os idosos sobre a sua sexualidade ou suspeitar de uma infecção de HIV. Isso acaba adiando cada vez mais o diagnóstico precoce e embora o idoso normalmente esteja com alguns sintomas que, se fossem jovens, alertaria os médicos para a infeção, eles não realizam exames ou suspeitam de HIV.

     Abaixo, alguns relatos, que achei na internet, de idosos com AIDS.


Receio de expor a família

        Teresa*, 61 anos, sabe que tem o vírus há sete anos e nunca contou para as filhas. Ela trabalha como empregada doméstica e seu patrão também é soropositivo. Teresa foi quem aconselhou o rapaz a fazer o teste e cuidou dele depois que veio o diagnóstico positivo. Contudo, nunca contou para ele que também é soropositiva. No corredor do Hospital da UFRJ, histórias como a de Teresa se repetem. Ana* está perto dos sessenta e apenas seus filhos conhecem seu diagnóstico: “tenho medo do preconceito, de ser apontada na rua”, revela. Sentado ao seu lado, um homem bem humorado de 67 anos diz que os seus seis filhos sempre o apoiaram. Entretanto, José* não pretende contar a mais ninguém porque também não quer expor a sua família a algum tipo de discriminação. Evangélico e aposentado, hoje ele se dedica a inúmeros trabalhos comunitários: “a aids fez com que eu pensasse um pouco mais em mim. Passei a viver mais intensamente”. Em vários serviços de saúde do Brasil é possível encontrar pessoas como Judite, Teresa*, José* e Ana*. Suas histórias mostram que a epidemia de aids é uma realidade entre esta faixa etária. Só não vê quem não quer. 


Grupo de apoio ajuda a transformar a vida 

         No Rio Grande do Sul, Judite Lopes Xavier, de 60 anos, trabalhava em uma creche como cozinheira quando descobriu ser soropositiva. Casada quatro vezes, Judite tem oito filhos e vários netos. “Quando minha filha mais nova soube que eu vivia com HIV, entrou em pânico. Eu consegui acalmá-la, explicando que iria viver a partir dali da melhor maneira possível”. Assim, Judite obteve total apoio familiar. Com a saúde estabilizada, ela entrou para um grupo de apoio, o Com Vida. “Quando entrei no grupo, me senti ainda mais apoiada. Hoje, consegui me transformar em outra pessoa”, afirma com orgulho.                         



Fonte: http://www.saberviver.org.br

28 de abril de 2011

A prática da Reabilitação Neurológica Integrada.

A Reabilitação Neurológica é um processo complexo e individualizado que requer dedicação, paciência, motivação, trabalho constante e tempo, além de necessitar de um completo envolvimento entre a equipe e o paciente
     
          O programa de reabilitação visa reduzir os efeitos das incapacidades físicas, psicológicas e intelectuais decorrentes da doença neurológica, além de estimular e promover a reintegração do paciente à sociedade. 


 Os resultados mais efetivos são obtidos quando a reabilitação é realizada por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar. O desenvolvimento de um trabalho integrado é fundamental para que os objetivos de curto, médio e longo prazos do plano de reabilitação sejam alcançados de forma mais rápida.

         É preciso entender que o paciente neurológico pode apresentar alterações em mais de um sistema corporal, com interações que podem ser extremamente significativas. Para melhor compreensão de todo esse processo de debilidades e incapacidades físicas e psíquicas, é necessário o envolvimento de um diversificado leque de profissionais especializados na área de neurorreabilitação, formado por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, dentre outros.

          Quanto maior o nível de integração e entrosamento da equipe de profissionais envolvida no tratamento, maior a possibilidade de resultados mais rápidos e efetivos. A troca de informações precisa ser contínua, permitindo a discussão e construção de novas possibilidades terapêuticas. 

          O principal objetivo ao longo do processo de reabilitação é tornar o indivíduo mais independente para realização de suas atividades básicas e instrumentais de vida diária. O paciente, sua família e os profissionais devem estar envolvidos ao máximo no plano de cuidados e no plano de reabilitação, definidos para o tratamento. 

          É de extrema importância que os profissionais tenham uma visão clara e precisa dos fenômenos neurológicos que ocorreram no organismo do individuo e da integração desses fenômenos com os demais sistemas. Esse entendimento facilita a definição da melhor terapêutica a ser utilizada, de forma que possa se refletir na prática clínica como assistência global ao paciente.


A Reabilitação Física não pode ser dissociada da Reabilitação Cognitiva, Psicológica e Social do individuo, para que seu processo de tratamento seja realizado de forma a melhorar sua capacidade funcional, dependência física e qualidade de vida. Esse conjunto maximiza a importância da equipe multidisciplinar durante o processo, já que um único profissional não apresenta habilidades suficientes para reabilitar todas as áreas afetadas da vida desse paciente.

O tratamento neurológico além de reabilitador de distúrbios cinéticofuncionais e psicossociais intercorrentes de patologia neurológica, precisa também ter um olhar preventivo, global e humanitário do paciente enquanto ser integrante da sociedade, apontando para a direção do resgate da qualidade de vida perdida.

A integração da família com a equipe envolvida é tão importante quanto o entrosamento dos profissionais. Essa relação busca orientar os familiares sobre como lidar com os problemas advindos com a doença do paciente. O apoio familiar e a relação de intimidade dos profissionais com o caso do paciente, são fundamentais para a reversão do quadro, favorecendo a recuperação do humor e da auto-estima tão importantes para o sucesso do tratamento. 


Atualmente, há um leque significativo de terapias que buscam a restauração e readaptação das habilidades funcionais comprometidas. As terapias são direcionadas para potencializar as funções resultantes na área motora e cognitiva, estimulando melhora na capacidade funcional e promovendo maior independência.

As intervenções recomendadas para pacientes que estão em processo de recuperação de patologias neurológicas, tem sempre como foco e objetivo principal, a melhora da capacidade física e emocional e da qualidade de vida tanto do paciente, quanto da família. 


Érika Grunvald – Fisioterapeuta, Pós-graduada em Reabilitação Neurológica (USP-SP) e Doenças Neuromusculares (UNIFESP-SP); Pós-graduanda em Geriatria e Gerontologia (CESUPA-PA) e Diretora Técnica da REAGE – Reabilitação Neurológica.

25 de abril de 2011

Você sabe reconhecer um AVC?

     Atualmente, a maior causa de incapacidade física e morte no Brasil, é o Acidente Vascular Cerebral (AVC),  superando inclusive, o número de mortes por infarto agudo do miocárdio. Sabe-se que 70% dos indivíduos apresentam algum prejuízo físico e/ou cognitivo no pós-AVC, gerando uma diminuição ou incapacidade funcional, impactando diretamente na sua dinâmica familiar, social e financeira.

     Existem dois tipos de AVC: Isquêmico e Hemorrágico. O primeiro é mais comum e normalmente mais brando, apresentando-se em torno de 80% dos casos. Nesse tipo, ocorre o entupimento de vasos e o impedimento da circulação normal no cérebro, causando lesão da área que ficou sem suprimento sanguíneo. No segundo, como o nome mesmo diz, ocorre uma hemorragia através do rompimento dos vasos e o extravasamento de sangue no cérebro, causando normalmente maior dano ao individuo.

     Reconhecer esse tipo de problema precocemente, ajuda a diminuir as sequelas e se o paciente for socorrido em até 3 horas após o início do AVC, pode ocorrer a reversão total dos sintomas.

     De acordo com os neurologistas, existem 03 perguntas importantes, que qualquer pessoa pode realizar, para verificar a ocorrência ou não do AVC:

01. Peça que a pessoa SORRIA.




02. Peça que a pessoa LEVANTE AMBOS OS BRAÇOS.





03. Peça que a pessoa PRONUNCIE UMA FRASE SIMPLES (ex.: O dia está lindo).




      Se ela apresentar alteração ou dificuldade em uma ou mais dessas atividades, leve-a diretamente ao neurologista. Essa pessoa está tendo um AVC e quanto antes ela tiver ajuda, menor o risco de haver sequelas e alterações na sua funcionalidade e independência.

14 de abril de 2011

Congresso Brasileiro de Neuropsiquiatria Geriátrica.

      Achei interessante começar a colocar aqui algumas dicas de eventos, cursos, congressos, palestras e outras "coisitas más". Então ai vai a primeira dica!

     Final de setembro vai acontecer o Congresso Brasileiro de Neuropsiquiatria Geriátrica em Porto Alegre com o tema principal: "Interfaces entre Mente, Cérebro e Doenças Clínicas no Envelhecimento". Os trabalhos científicos podem ser enviados até dia 31 de julho/2011.

     É uma ótima oportunidade de troca de informações para quem trabalha ou se interessa pela área!

    
    
     Mais informações no site: www.cbnpg2011.com.br.

13 de abril de 2011

Como realizar o rastreio de Déficit Cognitivo em Idosos.

     Por definição, a Cognição é um conceito amplo relacionado a manutenção da capacidade de resolução de problemas do cotidiano, incluindo a independênia e autonomia nas atividades de vida diária básicas e instrumentais. A execução dessas atividades exige harmonia e integração no funcionamento das funções cognitivas em geral, como: Mémória, Função Executiva, Linguagem, Praxia, Gnosia e Função Visuoespacial.

     O envelhecimento fisiológico não altera as funções cognitivas de forma importante a ponto que haver alteração na realização das atividades diárias. Ocorre, sim, uma lentificação do processamento e execução daessa funções, sem que se observe comprometimento na independência e autonomia do indivíduo.

Esquecimento significativo não faz parte das alterações da Senescência!!!

     Diante da importância da Cognição para a funcionalidade do idoso, é fundamental que todos os profissionais da área de saúde que lidem com esse público saibam realizar um rastreio cognitivo com o objetivo de acompanhar, diagnósticar, tratar ou prevenir qualquer déficit cognitivo.

  • MINI EXAME DO ESTADO MENTAL
     É o teste de avaliação mais usado na triagem cognitiva por ser simples e de fácil aplicação, durando em média de 5 a 10 minutos.

     É composto de 11 itens divididos em 2 fases. A primeira fase (itens 1-5) avalia a memória e a função executiva (atenção e concentração). A segunda (itens 6-11) avalia as outras funções cognitivas como: linguagem, praxia, gnosia, função visuoespacial e função executiva. É capaz de rastrear todas as funções cognitivas.
   



Escores: - Analfabetos / Baixa Escolaridade: 18 pontos.
               - 8 anos ou mais de Escolaridade: 26 pontos.


  • LISTA DE PALAVRAS DO CERAD
     Este teste depende exclusivamente da atenção e da audição.

     O examinador fará a leitura de 10 palavras não relacionadas, solicitando que o paciente repita uma a uma em voz alta (em caso de boa escolaridade, o paciente pode fazer a leitura das palavras em voz alta e de forma lenta). Ao final, o examinador solicita que o paciente repita as 10 palavras ditas ou lidas em tempo cronometrado de 90 segundos, em qualquer ordem. O mesmo procedimento é repetido mais 2 vezes com as mesmas palavras, porém em ordens diferentes.

     Após as três etapas, o examinador apresenta uma outra lista de palavras (lista distratora). Passados um tempo de 5 minutos, é feita a evocação da lista de palavras original por um período máximo de 90 segundos.

     Na maioria dos casos, observa-se aprendizado entre a primeira e a terceira tentativa. Na evocação após 5 minutos, o paciente sem alteração cognitiva, normalmente lembra de pelo menos 3 a 4 palavras.




  • TESTE DO RELÓGIO
     É um teste simples e de rápida aplicação. Avalia diversas funções cognitivas como: memória semântica,; função executiva, relacionada ao planejamento; praxia; e função visuoespacial.

     Pede-se que o paciente desenhe um relógio, com os números marcando uma hora exata, como por exemplo, 11:10 horas, sem mencionar a necessidade dos ponteiros. O círculo pode ou não ser oferecido previamente.

     O teste é considerado completo quando o paciente desenha todos os números do relógio espacialmente bem distribuídos e os ponteiros estão marcando a hora corretamente. Não há tempo cronometrado para a realização do teste e ele pode ser repetido quantas vezes forem necessárias.


     Na figura abaixo, observa-se quatro exemplos de teste, comprometimentos diferentes.



Interpretação do teste segundo Shulman:
0 - Inabilidade absoluta de representar o relógio;
1 - O desenho tem algo a ver com o relógio mas com desorganização visuoespacial grave;
2 - Desorganização visuo-espacial moderada que leva a uma marcação de hora incorreta, perseveração, confusão esquerda-direita, números faltando, números repetidos, sem ponteiros, com ponteiros em excesso;
3 - Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da hora;
4 - Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos; 
5 - Relógio perfeito;



  • TESTE DE RECONHECIMENTO DE 10 FIGURAS
     É um teste de simples aplicação e que depende muito pouco da escolaridade do paciente.

     São apresentadas ao paciente 10 figuras, perguntando: "Que figuras são estas?". O escore do teste é dado pelo número de figuras corretamente identificadas, mesmo que não tenho sido exatamente nomeadas (avaliação da percepção visual e nomeação). No caso do paciente não identificar nenuma figura, explique o que elas representam.

     Em seguida, esconda a folha e pergunte: "Que figuras eu lhe mostrei?". O tempo máximo de evocação das figuras é de 60 segundos. O escore é dado pelo número de respostas certas. Essa fase está avaliando a memória incidental.

     Mostre novamente as figuras durante 30 segundos e peça para que ele olhe bem as figuras e memorize-as novamente. Esconda novamente as figuras e pergunte: "que figuras eu lhe mostrei?". Essa fase do teste está avaliando a memória imediata.

     Mostre as figuras novamente durante 30 segundos e peça para que o paciente olhe bem as figuras e guarde-as na memória. Pergunte novamente quais são as figuras e anote o escore. Essa fase avalia o aprendizado. Em seguida, apresente qualquer distrator ao paciente durante 5 minutos e faça novamente a pergunta sobre as figuras.

     O escore é dado pelo número de respostas corretas na evocação após 5 minutos. Finalmente, avalia-se o reconhecimento das figuras colocando uma lista de 20 figuras que contenha as 10 figuras mostradas anteriormente em frente ao paciente e peça para que ele reconheça quais as figuras mostradas inicialmente.



 TESTE DE RECONHECIMENTO DE FIGURAS
Percepção Visual e Nomeação
Mostre a folha contendo as 10 figuras e pergunte: "que figuras são estas?"  
Percepção visual correta: ......................................>..................................................(      )  
Nomeação correta: ....................................................................................................(      )  
Memória Incidental (MI) ...........................................................................................(      )  
Esconda as figuras e pergunte: "que figuras eu acabei de lhe mostrar?"  
Memória Imediata (MI1) ...........................................................................................(      )
Mostre as figuras novamente durante 30 segundos dizendo: "Olhe bem e procure memorizar esta figuras" (Se houver déficit visual importante, peça que memorize as palavras que você vai dizer) 
Memória Imediata 2 (MI2) ........................................................................................(      )                   



     Esses testes descritos acima são o suficiente para a realização do rastreio de déficits cognitivos e demências pois eles avaliam todas as áreas cognitivas importantes para a preservação da autonomia e independência do indivíduo.

     Se vocês tiverem outras dicas de testes, comentem para que a gente possa trocar informações sobre elas. toda informação é sempre Bem Vinda!

11 de abril de 2011

Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson.

      Hoje é o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson!


     Existem no mundo, pelo menos quatro milhões de pessoas portadoras da doenças de Parkinson, de acordo com a Organização das Nações Unidas e a estimativa é que até o ano de 2040, com o aumento da população idosa, esse número dobre.

     Qualquer pessoa, independente do sexo, idade, classe social ou raça pode desenvolver a doença, porém é mais comum em homens do que em mulheres e em pessoas acima de 65 anos.

     Atualmente ainda não há cura para o Parkinson, o que existe são medicamentos que possam controlar os sintomas e manter a qualidade de vida desses pacientes. Porém nem só de medicamentos é feito o tratamento. As áreas envolvidas na reabilitação como a Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional também são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida desses pacientes.


  • O que é o Parkinson?

      É uma doença neurológica onde ocorre diminuição nos estoques de dopamina devido degeneração das células da Substância Negra, afetando o funcionamento normal do sistema nervoso e os comandos motores, não afetando a memória, nem interferindo na capacidade intelectual do paciente.



  • Quais os principais sintomas?

- Rigidez muscular;

- Bradicinesia (movimentação lenta e/ou tardia);

- Micrografia;

- Expressões como máscaras (com poucas expressões faciais);

- Tremor de Repouso;

- Alteração no padrão da marcha e desequilíbrio;

- Alterações na fala e na Linguagem.

- Anormalidades posturais;



     Nem todos os sintomas precisam coexistir. Depende muito de paciente para paciente e da fase em que ele se encontra.


  • Qual o prognóstico?

    É uma doença que apresenta progressão variável e desigual entre os pacientes. podendo ser acelerada quando não se tem suporte físico e farmacológico adequado, assim como pode parecer estabilizada. Sua evolução normalmente não é tão agressiva quando comparadas a outras doenças neurológicas degenerativas. 


  • Existe Tratamento? Quais são?
     O tratamento depende da fase da doença em que a pessoa se encontra, porém não existe apenas UM tratamento para o Parkinson. O mais sensato a fazer é unir o tratamento medicamentosos com os tratamentos de reabilitação a fim de potencializar os resultados, reterdar a evolução da doença a aumentar a qualidade de vida do paciente.

     Os tratamentos não medicamentosos precisam, não apenas olhar com afinco para os sintomas que o paciente relata ter, mas é de fundamental importância que os profissionais trabalhe tendo em vista a prevenção, estando sempre um passo a frente da evolução da doença, antecipando o tratamento para que os sintomas futuros não se instalem ou se instalem de forma mais tardia possível.

     O ideal é que o tratamento seja feito de forma integrada, multi e interdisciplinar com o objetivo de estabilizar a evolução da doença e os sintomas, além de manter/aumentar a autonomia, independência física e qualidade de vida dos pacientes. Dentre os profissionais envolvidos no tratamento do paciente com Parkinson estão: Médico, Fisioterapeutas, Fonoaudiologo, Terapeutas Ocupacionais, Psicológos, dentre outros.